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Perdão e Arrependimento

Quando alguém perdoa, deverá mostrar a superioridade de seus sentimentos para que o culpado seja levado a arrepender-se da falta cometida?

O perdão sincero é filho espontâneo do amor e, como tal, não exige reconhecimento de qualquer natureza.

O culpado arrependido pode receber da justiça divina o direito de não ar por determinadas provas?

A oportunidade de resgatar a culpa já constitui, em si mesma, um ato de misericórdia divina, e, daí, o considerarmos o trabalho e o esforço próprio como a luz maravilhosa da vida.

Estendendo, todavia, a questão à generalidade das provas, devemos concluir ainda, com o ensinamento de Jesus, que “o amor cobre a multidão dos pecados”, traçando a linha reta da vida para as criaturas e representando a única força que anula as exigências da lei de talião, dentro do Universo infinito.

“Concilia-te depressa com o teu adversário” – Essa é a palavra do Evangelho, mas se o adversário não estiver de acordo com o bom desejo de fraternidade, como efetuar semelhante conciliação?

Cumpra cada qual o seu dever evangélico, buscando o adversário para a reconciliação precisa, olvidando a ofensa recebida. Perseverando a atitude rancorosa daquele, seja a questão esquecida pela fraternidade sincera, porque o propósito de represália, em si mesmo, já constitui numa chaga viva para quantos o conservam no coração.

Por que teria Jesus aconselhado perdoar “setenta vezes sete" content="2019-12-04T14:06:00"/>