Lílian Gomes- CRP 08/17889
Essa é a época em que avaliamos mais um ano.
“Quem teve a ideia de cortar o tempo em fatias, a que se deu o nome de ano? Industrializou a esperança fazendo-a funcionar no limite da exaustão. Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos. Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez… e entra a vontade de crer que daqui para adiante vai ser diferente”. (Autor desconhecido)
E pode ser diferente, pois também nos modificamos pelo convívio, pelas experiências vividas, pela tomada de consciência principalmente “do quê não queremos mais para as nossas vidas!”
Nossas crenças são “convicções profundas e raízes que interferem na maneira como nos percebemos a nós mesmos, aos outros e ao mundo”. Sob o olhar da T.C.C. (Terapia Cognitiva Comportamental), essas crenças muitas vezes se formam na infância, sendo positivas ou negativas e as levamos por toda a nossa existência.
“A Síndrome de Final de Ano é um fenômeno psicológico que se caracteriza por um conjunto de sintomas emocionais que surgem com maior intensidade nos meses de novembro e dezembro. As pessoas podem experimentar sentimentos como angústia, ansiedade, melancolia e até crises existenciais. Esse período é marcado por uma revisão do ano que ou, trazendo à tona reflexões sobre conquistas, fracassos e metas não alcançadas. É comum que o final do ano desperte uma sensação de esgotamento mental e físico, agravado pela pressão social de estar feliz e realizado. Essa síndrome é desencadeada por uma combinação de fatores emocionais, sociais e culturais: – reflexões sobre o ado; – pressão para estar feliz; – excesso de compromisso e de consumo; – solidão e perdas; – mudança de rotina; -tempo de encerramento e de recomeço”. ( In Alex Correa de Souza em 14/11/2024)
Necessário se faz, perceber os sentimentos que aparecem nessa época, as emoções que são desencadeadas, as reflexões significativas para nos conhecermos melhor e sabermos lidar com equilíbrio emocional e diminuir a ansiedade que pode se instalar. Ansiedade pode surgir independente da nossa vontade, pois inconscientemente representa final de um ciclo e início de outro. E isso pode trazer apreensão, receios.
E, quando nos percebemos dessa forma, importante listar as conquistas realizadas ao longo do ano que está findando; entender a dinâmica/pressões das tarefas desse período; aceitar os nossos sentimentos; lembrar que esse é um ritual estipulado culturalmente e que focar no momento presente é uma estratégia para diminuir a ansiedade e dessa forma poderemos evitar maiores frustrações, avaliando o que foi alcançado e o que poderá ser possível realizar no futuro.
E que venham muitos NOVOS ANOS, trazendo a possibilidade da avaliação dos objetivos alcançados e a consciência do porquê outros não se realizaram. Essa retomada pode ser importante para avaliar em que aspectos da nossa vida investimos e em quê outros devemos dar maior atenção, bem como refletir sobre o modo como temos feito nossas escolhas e como desejamos seguir adiante.
Feliz 2025 !
